NRF 2012: novos aprendizados e velhas constatações (3/7)

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Conforme prometido ema postagens anteriores, segue a continuação das minhas impressões sobre a convenção da NRF (National Retail Federation), na sua edição 101, que aconteceu enre 15 e 18 de janeiro de 2012. Lembro que dividi minhas impressões gerais em 7 postagens, conforme abaixo:

  • Interdependência e globalização (já publicada em 1/3/2012)
  • Brasil, a bola da vez  (já publicada em 5/3/2012)
  • Capitalismo consciente (essa aqui que você está lendo)
  • Sustentabilidade
  • Techo-commerce
  • O papel da loja física
  • Velhas constatações, uma espécie de resumo do aprendizado das 12 últimas NRF´s que frequentei.

Boa leitura!

Capitalismo consciente

Talvez uma possível resposta à necessidade de reformas que os países desenvolvidos precisem fazer, pela primeira vez na NRF se tratou em uma Super Session do tema “capitalismo consciente”. De forma resumida, o capitalismo consciente vai contra o pensamento de Milton Friedman, que pressupõe que a empresa deve ser orientada para deixar o acionista feliz. Sem esquecer o acionista, essa nova forma de pensar considera também os demais “stakeholders”, incluindo funcionários, clientes, fornecedores e a comunidade em geral como merecedores dessa felicidade. O negócio, portanto, deve ser olhado de uma forma mais ampla, na qual as marcas devem ter um propósito, uma cultura concreta, liderança consciente e serem orientadas para todos os “stakeholders”.

E essa forma de encarar o negócio dá resultados. Segundo estudo de Wharton, as empresas listadas na bolsa de Nova York (S&P 500) que seguem os princípios do capitalismo consciente geram nove vezes mais lucro que as tradicionais.

Na convenção da NRF desse ano dois exemplos marcantes de varejistas mais conscientes foram o Whole Foods e a The Container Store. O CEO do primeiro, conhecida rede de supermercados orgânicos, Walter Robb, afirmou: “Queremos mudar a forma como o mundo come e promover a saúde. Queremos mudar o modelo de agrícola para construir um mundo sustentável”.

Já Kip Tindell, presidente da The Container Store, uma rede artigos diversos para organização do lar, com cerca de 40 lojas, vendas de US$ 650 milhões por ano, 4.000 empregados e presente da lista da revista Fortune das “100 Melhores Empresas para Tabalhar ” seguidamente nos últimos doze anos afirmou: “Esse modelo (o tradicional) não funciona mais. A empresa que faz o funcionário feliz, deixa o cliente feliz. Se eles estiverem felizes, os acionistas estarão. Capitalismo consciente pode mudar o mundo”.

Uma fala diferente, promissora e consciente.


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