Conforme prometido na postagem anterior, segue a continuação das minhas impressões sobre a convenção da NRF (National Retail Federation), na sua edição 101, que aconteceu enre 15 e 18 de janeiro de 2012. Lembro que dividi minhas impressões gerais em 7 postagens, conforme abaixo:
- Interdependência e globalização (já publicada em 1/3/2012)
- Brasil, a bola da vez (essa aqui que você está lendo)
- Capitalismo consciente
- Sustentabilidade
- Techo-commerce
- O papel da loja física
- Velhas constatações, uma espécie de resumo do aprendizado das 12 últimas NRF´s que frequentei.
Boa leitura!
Brasil, a bola da vez
Com palestrantes do calibre de Marcos Gouvêa de Souza, Alberto Serrentino, Flávio Rocha, Frederico Trajano e Hugo Bethlem, o varejo brasileiro esteve muito bem representado em diversas palestras. Mas, além disso, o país foi valorizado por seu desempenho nos últimos anos e incrível potencial de crescimento na próxima década. Ira Kalish, o respeitadíssimo economista-chefe da Deloitte, apresentou um panorama muito favorável do nosso país, mostrando mais otimismo conosco do que com a China, Índia ou Rússia.
Que é lisonjeiro, não há dúvida. Afinal, depois de quase três décadas nos sentindo como uma espécie de escória econômica, pulando de crise em crise e de plano econômico em plano econômico (lembram-se?), é muito bom ser tratado com respeito e seriedade. Mas, não se enganem: essa atenção toda vai atrair ainda mais o interesse de grupos de varejo estrangeiros os quais, impossibilitados de crescerem em seus atuais territórios, já maduros e em crise econômica, buscarão expandir sua presença internacional e fazer a bola da vez quicar com mais força. Aguardem, porque mais concorrência internacional pode chegar. Uma consequência disso, e até para se precaverem contra essas investidas, grupos nacionais poderão juntar forças, e mais fusões e aquisições também poderão acontecer. Teremos fortes emoções em 2012…